Magistrado teria sido impedido de embarcar, pois a aeronave já estava em procedimento de decolagem.
De acordo com depoimentos dos funcionários prestados à Polícia Civil de Imperatriz, o magistrado tentou embarcar em um voo para Ribeirão Preto/SP, mas foi informado de que não poderia entrar no avião por causa do atraso, uma vez que a aeronave já estava em procedimento de decolagem. Então, Baldochi teria ordenado as prisões e chamado a Polícia Militar.
Segundo a imprensa local, após as conduções à delegacia, o juiz conseguiu realizar o embarque, mas em uma aeronave de uma outra empresa.
Em nota, a TAM informou que segue os procedimentos de embarque regidos pela legislação e que está “colaborando e prestando todos os esclarecimentos às autoridades”.
O caso será apurado pela 3ª Delegacia de Polícia de Imperatriz.
Polêmico
O juiz já é conhecido no Estado por se envolver em polêmicas. Em 2007, foi flagrado por fiscalização e denunciado por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma fazenda de sua propriedade.
Indignação
Diante dos fatos noticiados, a AMB divulgou nota compartilhando “da indignação da sociedade”. A associação declarou que “considera inadmissível qualquer atitude praticada por agentes públicos, magistrados ou não, que represente abuso de poder e de autoridade”.
Com relação ao juiz, a AMB defendeu “a transparente apuração dos fatos garantindo o devido processo legal”. Também reiterou que o comportamento de Baldochi “não representa a conduta dos juízes brasileiros, que laboram diariamente assegurando direitos fundamentais e as liberdades públicas”.